terça-feira, 15 de julho de 2008

Ciclo da Água - Uma Versão Divertida

Quadras - A ÁGUA

(Imgem in: http://unipmarques.wordpress.com/2008/04/03/agua-agente-construtivo-ou-destrutivo-por-ida-kazue/)

Os alunos da turma B3 do curso EFA elaboraram uns poemas para ilustrarem o tema do Ambiente, depois de terem lido diversas quadras sobre a água e de terem feito a respectiva análise. São elas:

A água é fonte viva
Sem água não haveria vida
À beira rio é bom para namorar
A água também serve para chorar.
Sem água não haveria energia
Se não fosse a água quem viveria?
Bruno Ribeiro
Nuno Faria



Água fresca da aldeia
Tens tão lindo olhar
Deixa-me levar um bocado
Que o meu amor vou visitar.
António Gonçalves
Alzira Soares



A água nasce nas rochas
Desliza pelo monte
A água é pura e cristalina
Quem me dera dar um beijo na tua prima!
João Silva
Filipe Silva


Água pura e límpida
Desce o rio a cantar
Sem ti esta vida
Seria uma tristeza sem par!
Fernando Ribeiro
Jaqueline Oliveira



A água que cai na ribeira
Mata a sede a muita gente
É muito fresca e saborosa
E refresca o ambiente.
Maria José Gomes

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Os Sketches dos Monty Phyton - Visita da Turma EFANS3


ENTREVISTA

Os Sketches dos Monty Phyton, recriados pelo excelente elenco de actores António Feio, Bruno Nogueira, Jorge Mourato, Miguel Guilherme e José Pedro Gomes, fizeram as delícias dos formandos da turma EFA NS3 da Escola Secundária de Vila Verde. Para além de terem tido a oportunidade de se deslocar ao belíssimo Theatro Circo, tiveram o privilégio de privar com os actores que os acolheram com enorme disponibilidade e simpatia, no final da actuação. Afinal, o principal objectivo da visita era a realização de uma entrevista sobre as condições de trabalho dos actores, inserida nos conteúdos da área de Cultura, Língua e Comunicação.
Com uma enorme dose de humor e boa disposição, estabeleceu-se um diálogo muito interessante e bastante revelador das venturas e desventuras da profissão de actor em Portugal. De forma simples, directa e realista os cinco actores puseram a nu a difícil e precária situação que vivem os actores no nosso país.

EFA NS3 - Como surgiu este vosso projecto?
Actores - Já havia a ideia há algum tempo de fazer o texto deste projecto, depois… a escolha dos actores andou um bocadinho dispersa por causa da disponibilidade de todos. A Sandra, produtora da UAU, tinha na altura o projecto deste texto já para fazer há algum tempo e depois foi uma questão de disponibilidade, de o António juntar a equipa e decidimos todos alinhar no projecto.
Andámos quase dois anos para reunir este elenco, mas só no ano passado é que conseguimos reunir todos os actores. E então conseguimos combinar uma altura, no ano passado, em que nos juntaríamos todos. Começámos a ensaiar em Julho… há 11 meses. Foi só juntar este elenco na altura possível e começar a trabalhar.

(...)


EFA NS3 - Têm sempre boas condições de trabalho?
Actores - Temos, acho que sim. De alguns anos para cá as condições têm melhorado bastante, temos essencialmente trabalho para isso. O que acontece muito é que a maior parte dos grupos ou de companhias, os grupos independentes, onde posso referir que alguns de nós já andámos, as condições não eram tão boas e por isso deixamos de fazer esse tipo de coisas para tentar fazer outras com as condições que sempre ambicionamos. Mas, de uma forma geral, tirando um ou outro caso, que não vou referir, a organização para o trabalho de uma peça não é muito diferente de uma organização deste estilo, claro que pode ser diferente nos objectivos, mas geralmente trabalha-se com prazos, produção, agente de imprensa e oferece aos actores as melhores condições. Portanto as condições melhoraram um bocado.
Em relação ao nosso estatuto profissional, não existe nada, é uma vergonha. A culpa também é nossa, os actores, que não são muito unidos. É grau zero, não há segurança social, não há fundo de desemprego, não há uma carteira profissional, não há um sindicato de jeito, não há uma ordem, não há um clube, não há nada. Trabalhando bem ou mal temos que descontar 20%, pagamos a segurança social e não temos direito a subsídio de desemprego, a baixa médica, etc. É sobretudo uma instabilidade total. É uma desorganização total e espero que mais tarde ou mais cedo as pessoas não dêem o seu trabalho de “mão beijada”. Espero que trabalhem e se organizem de forma a criarem melhores condições.
Sempre que há instituições que, de algum modo, tentem proteger isto e melhorar as condições de trabalho elas esbarram nos aspectos legais.
Nós temos uma instituição, a GDA (Gestão dos Direitos e Artistas), que defende os direitos conexos, que tem a ver com os direitos de interpretação, informa as pessoas e já começa a trabalhar a outros níveis, como por exemplo, os recibos verdes e os contratos. Há muitas pessoas que trabalham bem e com os seus direitos respeitados, mas outras trabalham em condições precárias, por isso é necessário existir uma plataforma mínima da dignidade do trabalho.
Normalmente só são contemplados os direitos de autor esquecendo-se dos direitos de interpretação. Se eu escrevo uma coisa, tenho direitos, mas se eu interpreto essa mesma coisa não há direitos sobre essa interpretação, que é pessoal e é minha.
As produtoras de televisão, a própria televisão pública, não querem pagar esses direitos e podem repetir mil vezes uma coisa que tenhamos feito, sem recebermos mais nada … por isso, depois, na Assembleia da República, as leis esbarram.
Hoje em dia, se um DVD for editado, por exemplo, com esta peça, nós temos alguns direitos no caso das autorias, da encenação, na tradução e adaptação, mas, enquanto intérpretes, para além do cachê que temos sobre esse trabalho, não temos direito a mais nada sobre cada cópia vendida. Isto é uma coisa que em grande parte dos países já está a começar a funcionar e que gera muito dinheiro e que cá, neste momento, fica nos bolsos dos produtores.
O próprio Estado dá mau exemplo, como na questão dos recibos verdes, o que não devia ser, devia haver um contrato. Os actores deveriam ser contratados pelo tempo necessário para a série e pagos por contrato, deveriam ter direito a subsídio de desemprego, deveriam ter direito à taxa social.
A única esperança que temos lá no fundo do túnel é a Casa do Artista, é a forma de sobrevivência da nossa profissão, porque nos oferece um intermitente compromisso entre o tempo em que estamos a trabalhar e o que não estamos a trabalhar, fazendo uma média do que será pago e do que o estado se compromete a equilibrar.
Dou um exemplo, em que o Estado Francês queria acabar com a constituição da intermitência e o Festival de Avignon não aconteceu.

EFA NS3 - Em caso de acidente no trabalho, estão cobertos pelo seguro?
Actores - Nós temos que pagar um seguro de trabalho, se na televisão cair um projector na minha cabeça eles não se responsabilizam. Claro que, se isso me acontecesse, metia-os em tribunal (risos) … nem que fosse para o Tribunal de Trabalho.


EFA NS3 - São bem remunerados, ou não é suficiente para fazer face ao custo de vida?
Actores – Nós, em termos de trabalho e remuneração, não somos as pessoas que temos maiores problemas, mas a verdade é que o resto da classe anda a “apanhar
bonés” e sem grande perspectiva de trabalho. As novas gerações, como os moranguitos, estão a ser explorados de tal forma que vão acabar por falar sozinhos, estão deslumbrados, mas isso vai acabar.
Também é bom referir que, em termos de locução, já existe uma tabela, já há um preço a pagar, mas depois as produtoras tentam pagar menos, e há sempre alguém predisposto a fazer por menos, a ser capaz de furar a tabela, não existe uma união da classe.
Não vamos pintar o cenário tão preto, nós não sofremos muito com isto, mas acabamos por sofrer com aquelas coisas que tão cedo não vão mudar e continuamos a pagar impostos, a descontar e provavelmente não temos um futuro assegurado, muito menos a nossa velhice, se não formos nós a fazer um PPR qualquer. (risos)


EFA NS3 - Há uma maior procura do que oferta?
Actores - Não tem a ver com isso, mas sim com o respeitar tabelas, tem que haver respeito pelas tabelas, um lado de coacção, um sindicato ou uma associação, nem que seja pela vergonha … pelos seus pares, nem que seja por isso.
Verdade seja dita, em trabalhos de locução já há uma tabela, mas as produtoras perguntam se não dá para fazer mais barato.
Não há união da classe, há sempre alguém a fazer por menos… basicamente é isto.
É uma pouca vergonha neste país (risos)…

EFA NS3 - Que mensagens deixam a quem está a iniciar ou a ingressar pela vida dos palcos?

Actores - Boa sorte … muita merda! Façam um Plano Poupança Reforma e muita coragem. Se querem ser actores lutem por isso. E…, se puderem, respeitem os actores.

EFA NS3 - É a primeira vez que vêm aqui ao Theatro Circo?
Actores -Não, já viemos com a Conversa da Treta, há alguns anos atrás, ainda este teatro não tinha sido remodelado. Esta é um das salas mais bonitas do país… e arredores… e têm sorte por isso.

E foi num clima de grande paródia, descontracção e entusiasmo que nos despedimos dos actores, muito satisfeitos com o que vimos e ouvimos e concluímos que “rir é o melhor remédio”, ou melhor, “rir faz bem à saúde”…

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Pegada Ecológica. Conhece a Sua??


Calcule a sua PEGADA ECOLÓGICA* e reflicta sobre os hábitos diários...



Não se Esqueça: PENSAR GLOBAL, AGIR LOCAL! Porque todos podemos contribuir!


*P.S. - Para quem domina minimamente a língua inglesa.